Em 1970, um menino de nove anos foi o primeiro ser humano a ser diagnosticado com a varíola dos macacos. A criança vivia na República Democrática do Congo (na época Zaire). Desde então a doença vem se espalhando pelo mundo.
Neste sábado (23), a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos como emergência de saúde global. Na prática, a decisão pode levar a um maior investimento no tratamento da doença e ao avanço na luta por vacinas, que estão em falta.
A varíola dos macacos é uma doença de pouca gravidade. O vírus é semelhante ao da varíola, erradicada desde 1980. Em setembro de 2018 foram notificados casos esporádicos de turistas vindos da Nigéria em Israel. Em dezembro de 2019, maio de 2021 e 2022 a doença também apareceu no Reino Unido. Já em Singapura, um caso foi confirmado em maio de 2019. Nos Estados Unidos foram dois casos: um em julho e outro em novembro de 2021.
O presidente da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou em 8 de junho “mais de 1.000 casos confirmados” em 29 países em que a doença não era endêmica até aquele momento. Hoje a OMS ativa seu nível máximo de alerta por causa da varíola dos macacos.