Vacina brasileira contra cocaína e crack terá aporte de R$ 10 milhões
A vacina terapêutica e sintética para o tratamento da dependência de cocaína e crack, que está sendo desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), receberá R$ 10 milhões para aplicação em pesquisa. Com isso, a instituição poderá dar início aos testes clínicos. O anúncio foi feito na última sexta-feira (21) no campus Pampulha da universidade, em Belo Horizonte, pelo secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti.
Segundo ele, o estudo do imunizante, conduzido desde 2015 pela universidade e financiado até então pela Fapemig, “mostrou-se muito promissor”. “Os resultados até aqui foram animadores, demonstrando a eficácia da vacina, que é promissora em vários aspectos, como na possível utilização de sua plataforma para o desenvolvimento de vacinas para novas drogas sintéticas que estão surgindo hoje no mundo, despertando o interesse de outros países, como os Estados Unidos”, pontuou Baccheretti.
Conforme explicou a reitora da UFMG, Sandra Goulart, o aporte financeiro possibilitará o avanço nas testagens. “A calixcoca é uma vacina produzida sem agentes biológicos, com materiais químicos. Então, a proposta dela é atuar justamente contra a dependência em cocaína e crack. (…). Estávamos justamente à procura de apoio e financiamento para que a gente possa seguir para a fase de testes clínicos, como ocorreu com a nossa SpiN-TEC”, destacou.