Uma investigação conduzida pelo jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, trouxe à tona alegações de que artistas sertanejos renomados, incluindo figuras como Gustavo Lima, podem ter apoiado o ex-presidente Jair Bolsonaro em troca de um possível perdão de dívidas que somam quase um bilhão de reais com a União.
De acordo com as informações levantadas por Feltrin, esses artistas acumularam dívidas substanciais com o governo, incluindo débitos fiscais e multas relacionadas ao Imposto de Renda, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.
A natureza dessas dívidas envolvem pagamentos atrasados e penalidades acumuladas ao longo dos anos. O apoio desses artistas a Bolsonaro durante as eleições não foi apenas uma questão de afinidade política, mas uma estratégia calculada para obter benefícios financeiros significativos, como o perdão de até 90% dessas dívidas, caso Bolsonaro fosse reeleito.
A investigação aponta para uma rede de empresas ligadas aos sertanejos, muitas das quais supostamente geridas por intermediários como amigos, familiares e até “laranjas”, que também acumularam dívidas fiscais consideráveis.
É importante considerar que, até o momento, as alegações são baseadas em investigações jornalísticas e ainda estão sob apuração. Os artistas e suas equipes negaram qualquer irregularidade, defendendo seu direito à liberdade de expressão e apoio político.