A PL 1904, chamada de a “PL do Estupro” perdeu força após centenas de manifestações nas ruas por todo o país. Com isso, aliados do presidente da Câmara Arthur Lira já afirmam que “não têm compromisso” com a proposta.
Uma das principais vozes do Partido Progressista, o partido de Lira, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente da sigla, diz que nem ele, nem Lira, têm qualquer compromisso com o mérito da proposta. “O acordo, o gesto para a bancada evangélica, era apenas o de votar a urgência. Apenas isso. Não há qualquer acordo sobre o mérito (conteúdo) da proposta.”
O pedido de urgência acontece para que projetos de lei sejam incluídos na pauta do plenário sem que passe por comissões. A expectativa, normalmente, é que o texto seja votado de forma mais rápida, mas isso não é obrigatório.
A reação das mulheres, que foram às ruas em diversas capitais do país ao longo dos últimos dias, o desgaste midiático e a reação das redes dividiram inclusive a bancada evangélica e líderes religiosos em todo o país.
Falas de líderes religiosos, pastores, inclusive, contra o PL ganharam as redes sociais e expuseram as fraturas causadas pelo tema.
No grupo mais próximo a Lira, a avaliação é a de que o deputado Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ) um dos autores da proposta, pode ter garantido “umas três eleições” em seu nicho, mas acabou expondo a oposição a um desgaste inédito desde o 8 de janeiro de 2023.