cultura

Livro ilustrado através de inteligência artificial é desclassificado do Jabuti

Nesta sexta-feira (10), a Câmara Brasileira do Livro (CBL) anunciou que o livro Frankenstein, ilustrado com uso de inteligência artificial (IA), previamente indicado como semifinalista para a categoria de melhor ilustração do ano, foi desclassificado do Prêmio Jabuti. “A Câmara Brasileira do Livro, organizadora do Prêmio Jabuti, informa que a obra Frankenstein, editada pelo Clube de Literatura Clássica, que utilizou ferramentas de inteligência artificial (IA), foi revista e desclassificada”, informou a nota da instituição. “As regras da premiação estabelecem que casos não previstos no Regulamento sejam deliberados pela Curadoria, e a avaliação de obras que utilizam IA em sua produção não estava contemplada nessas regras”. A CBL ainda afirmou que casos como esse deverão ser debatidos para os próximos anos. “A utilização de ferramentas de inteligência artificial tem sido objeto de discussão em todo o mundo, em razão dos princípios de defesa dos direitos autorais. Considerando a nova realidade de avanços dessas novas tecnologias, a organização do prêmio esclarece que a utilização dessas novas ferramentas será objeto de discussão para as próximas edições da premiação”, finalizou a nota. A obra em questão é uma edição do clássico Frankenstein, de Mary Shelley, lançado pela editora Clube de Literatura Clássica em 2022. Ao Estadão, o designer responsável pela criação, Vicente Pessôa, criticou a decisão tomada pela CBL. “Eu acho muito estranho que a CBL não tenha especificado no edital que não poderia haver ilustrações feitas com IA”, disse. “Em jogos, disputas, competições na esfera pública, se não é proibido, é permitido. Se eles desclassificaram agora, mudaram a regra no meio do jogo. E a organização está me punindo pelo seu próprio descuido, o que não é exatamente justo”. A escolha dos indicados e dos vencedores da categoria ilustração é feita por três jurados especialistas na área: André Dahmer, Eduardo Baptistão e Lucia Mindlin Loeb. Nesta sexta-feira, Dahmer escreveu em seu Twitter (X) que não sabia que o livro havia usado a tecnologia, assim como declarou Baptistão.
Com informações de O Estadão

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