Cercado de polêmicas, “Som da Liberdade” já está disponível no Prime Video
Aclamado pelo público e execrado por boa parte da imprensa internacional, o filme Som da Liberdade, da produtora cristã Angel Studios, já está disponível em streaming na Prime Video. O longa causou muita polêmica desde a sua estreia nos Estados Unidos e repetiu o barulho no Brasil.
O sucesso do filme nas bilheterias, veio acompanhado de uma discussão sobre as intenções e o discurso do filme. O debate gira em torno do longa ser inverossímil e até mesmo fazer referência à QAnon, uma teoria da conspiração criada pela extrema-direita nos EUA.
A obra é protagonizada por Jim Caviezel (A Paixão de Cristo), e, de acordo com a produtora, foi baseado em histórias reais vividas por Tim Ballard, um ex-agente especial do Departamento de Segurança Interna do governo dos Estados Unidos. Ele teria comandado, em 2013, uma operação a fim de resgatar crianças de traficantes que comandavam uma rede de exploração sexual na Colômbia.
A trama mostra a jornada de Tim rumo ao país e seus esforços para salvar as vítimas, em especial uma garotinha hondurenha. Mesclando cenas de ação com muito drama e um forte discurso religioso, a produção tem como objetivo retratar essa realidade e alertar o público sobre o problema do tráfico humano.
A polêmica diz respeito à possível relação do enredo filme com a QAnon, uma teoria da conspiração elaborada pela extrema-direita que alega haver uma seita criada por adoradores de Satanás, pedófilos e canibais que comandam uma rede de tráfico infantil com o intuito de extraírem um hormônio que é produzido por meio da tortura de crianças.
A teoria ainda afirma que o tal hormônio daria longevidade a quem o usasse e que os traficantes conspiraram contra o governo de Donald Trump durante o seu mandato presidencial para tentarem dominar os Estados Unidos.
Apesar do filme não citar nada sobre a QAnon, as alegações são que ele dissemina as ideias conspiracionistas e presta um desserviço à verdadeira rede de proteção de tráfico humano. Vale ressaltar que a polêmica ganhou ainda mais força depois que a extrema-direita começou a venerar o longa e que Trump marcou uma reunião para exibi-lo a seus apoiadores no seu clube de golfe em Bedminster.