A bolsa de valores operou nos últimos dias em forte alta. O Ibovespa subiu 2,29% na terça-feira, impulsionado por balanços locais e dados de inflação animadores dos Estados Unidos, mostrando que existe uma desinflação no país. O índice manteve os 123 mil pontos alcançado no pregão, e fechou o dia a 123.165,76 pontos, o maior patamar do ano.
O dólar caiu 0,93% no pregão, enquanto bolsas dos EUA também registram forte alta. Os juros futuros dos Treasuries americanos, os T-Notes, tiveram queda generalizada. O T-Note de 10 anos despencou 4,44%.
O Ibovespa ganhou quase 3 mil pontos e superou o maior patamar de ganhos diários, conforme aponta Alexsandro Nishimura, economista da Nomos Capital.
Houve um forte fluxo de entrada de capital movido pela queda de juros futuros nos EUA. Por lá, o mercado ganhou confiança na tese de que o Federal Reserve, banco central do país, deve interromper a alta de juros a 5,25% a 5,50% ao ano. A probabilidade de cortes na taxa nominal a partir de maio de 2024 também ganhou força, afirma Nishimura.
No Brasil também houve queda dos juros futuros. Além do bom humor no mercado americano, investidores se animaram com a desaceleração dos serviços, o que indica cortes maiores na Selic, a partir de 2024.
O dólar hoje registrou baixa de 0,93% frente ao real, cotado a R$ 4,8631. É o menor valor diário para a moeda norte-americana desde 18 setembro, aponta Luiz Felipe Bazzo, CEO do Transferbank. Em novembro, a moeda norte-americana acumula queda de 3,52%.
No cenário internacional, o dólar perdeu força frente a outras moedas de economias importantes, como o iene japonês e o euro. O índice DXY, que compara a moeda norte-americana contra essas e outras divisas, cedeu 1,49% para 104,053 pontos.