O presidente Lula (PT) chamou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de “golpista” durante discurso nesta segunda-feira 8, no Congresso Nacional, na solenidade Democracia Inabalada, a marcar um ano dos ataques de 8 de Janeiro.
No pronunciamento final da cerimônia, Lula responsabilizou Bolsonaro, sem mencioná-lo nominalmente, por ter, em suas palavras, pregado que adversários fossem “fuzilados ou enforcados”.
“Adversários políticos e autoridades constituídas poderiam ser fuzilados ou enforcados em praça pública – a julgar por aquilo que o ex-presidente golpista pregou em campanha e seus seguidores tramaram nas redes sociais”, afirmou o presidente.
“Todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos. Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e contra o seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade. E a impunidade, como salvo conduto para novos atos terroristas”, declarou o petista.
Lula também relembrou as disputas eleitorais em que saiu derrotado e aquelas em que se sagrou vencedor e defendeu o voto eletrônico. Além disso, em outra referência a Bolsonaro, criticou políticos eleitos que difamam o sistema eleitoral.
“As pessoas que duvidam das eleições e da legalidade da urna brasileira porque perderam as eleições, por que não pedem para o seu partido renunciar a todos os deputados e senadores que foram eleitos? Os três filhos dele que foram eleitos, por que não renunciam em protesto à urna fraudulenta?”, questionou.
O evento teve a presença do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, e de outros ministros, governadores e parlamentares, em Brasília.